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Deixa o menino brincar…

  • 29 de ago, 2019

Dr. Marinho Búrigo estará presente no 31º Congresso Sul-americano e Brasileiro de Medicina do Esporte que acontece em Foz do Iguaçu/PR e participará do “Colóquio Multidisciplinar sobre ATIVIDADES DE COMPETIÇÃO NA CRIANÇA E ADOLESCENTE“.

Para dar ênfase ao tema, segue a leitura com uma reflexão, um texto do Dr. Marinho Búrigo publicado há 2 anos na Zero Hora sobre o tema, no qual o profissional trabalha há pelo menos 10 anos.

Deixa o menino brincar

Nada pode ser pior na formação de um atleta do que a pressão psicológica de um pai. E não falo aqui apenas da busca por resultados, mas sim da necessidade paterna de estar corrigindo a criança durante suas atividades esportivas tentando lhe ensinar aspectos que saiam do intuito meramente recreativo.

Até o início da sua maturação a criança deve realizar atividades com maior variação de estímulos e gestos possíveis. Isto implica em um melhor desenvolvimento da capacidade de coordenação motora, preparando o corpo para desenvolver suas potencialidades físicas a partir da adolescência.

É tão somente na adolescência que torna-se fundamental a prática esportiva específica, fazendo com que o corpo possa construir um lastro, uma memória física, proprioceptiva e gestual, fatores importantes na prevenção de lesões, e que são a base para o desenvolvimento da potência muscular após encerramento do crescimento ósseo.  

Mas antes disso tem a infância. E nela a criança precisa se divertir, essencialmente brincar, ser alegre, seja do jeito que for e praticando a maior variedades de esportes possíveis. Pai, ou mãe, algum tem o direito de transferir seus sonhos ou expectativas futuras a uma criança imatura, tanto em aspectos físicos quanto, psíquicos.

Existem múltiplos históricos de atletas vencedores que definiram seu rumo já adiante da adolescência, como nosso conterrâneo Guga e a Maurren Maggi. Esta mesmo, os mais atentos lembrarão que iniciou sua carreira como velocista fazendo os 110 metros com barreira, e durante sua vida como atleta profissional fez a transição para o salto em distância onde se consagrou com o ouro olímpico. 

 No último congresso brasileiro de Medicina do Esporte, o presidente da sociedade uruguaia da especialidade, apresentou um trabalho correlacionando a baixa prática de atividades esportivas por parte da população adulta do país vizinho, com a pressão psicológica exercida nas crianças e adolescentes nas ligas amadoras infantis de futebol, reconhecidamente um meio de ascensão social.

Sendo assim, é de suma importância que pais respeitem o desenvolvimento de seus filhos. Não exijam resultados, muito menos tentem ficar corrigindo-os. Respeitem aquele momento de divertimento, pois somente a prática esportiva sadia permitirá o aparecimento de potencialidades no futuro.

Deixa o menino brincar. 

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