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A linguagem coloquial na Medicina

  • 14 de out, 2020

Eu recebi a visita do mestre Archimedes Naspolini na Levve. Com a delicadeza do seu tamanho, ele colocou um bilhete no meu jaleco rasgando elogios a estrutura formada em nossa sede no atendimento aos nossos clientes, e me disse: “tudo muito perfeito para um erro como esse”. No bilhete estava escrito, “SÓ LEVE O QUE LHE FAZ LEVVE”, corrigindo a frase que estampa nossa sala de espera. Meio sem jeito e respeitando toda aquela sabedoria eu respondi que se tratava de uma linguagem coloquial para maltratar a gramática portuguesa.

Em um mundo onde a informação está acessível, literalmente, a mão de todos, é normal nos dias atuais os pacientes chegarem em nossos consultórios carregados de informações colhidas no Google a partir dos seus sintomas, e não raras vezes já nos informando sobre o auto diagnóstico das suas malezas

Deve o médico fazer o que? Se esconder atrás de uma linguagem técnico científica rebuscada e não valorizar os anseios do cliente? Ledo engano, quando não, um grande equívoco. Há uma mudança estrutural em curso nas relações humanas baseada no fácil acesso ao conhecimento. Essa relação usualmente não é mais vertical. A Educação e a figura do professor em sala de aula estão passando por essa transformação, e essa mudança não está longe dos consultórios médicos.

Baseado na boa Medicina, que apresenta uma sequencia lógica milenar, diga-se: ANAMNESE – conversar com o paciente e entender sua queixa; segue o EXAME FÍSICO; e a análise de EXAMES COMPLEMENTARES; passa-se então ao DIAGNÓSTICO da patologia e se estabelece a CONDUTA frente ao problema ou a doença diagnosticada.

Nesse ponto é onde entra a linguagem coloquial e a capacidade do médico fazer com que seu paciente entenda aquilo que o acomete da maneira mais compreensível possível, fazendo com que haja uma melhor adesão ao tratamento proposto. Não tenho dúvidas que “millennials”e até “baby boomers” dão aquela pesquisada para bater as informações recebidas assim que saem do consultório. Pois, se as informações foram tecnicamente incompreensíveis, ele buscará outra fonte médica como referência. Novos tempos de uma jornada do paciente, que tem autonomia para decidir aquilo que é melhor para si.

Portanto, “SÓ LEVE O QUE TE FAZ LEVVE”, é a maneira gramaticalmente equivocada como nós da Levve Ortopedia comunicamos aos nossos clientes nossa missão, nossa visão e nossos valores. É a maneira como encaramos a Medicina do novo milênio e os anseios dos nossos clientes.

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